terça-feira, 20 de julho de 2010
Genealogias de Cabril (1500-1800)
O padre Diogo Martins Pereira, natural de Pincães, aldeia da freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, bem recôndita e no interior da serra do Gerês, escreveu em 1744 um manuscrito sobre as famílias que moravam e viviam na sua terra. Em 1813, um tabelião, Bernardo Antunes Pereira, transcreveu-o para a casa dos Casais, uma das mais importantes de Pincães, onde (por acaso) nasceu a minha trisavó, Maria Antónia Alves Pereira.
O manuscrito dos Casais esteve inédito até há cerca de 20 anos. Por essa altura, o meu pai, Amadeu de Sá Menezes, tendo lido uma referência ao manuscrito, procurou (com a devida licença dos proprietários) e foi encontrá-lo numa secretária. O manuscrito encontra-se ainda na casa dos Casais e está transcrito por António Fernando Machado Guimarães que o publicou em anexo no seu livro "Aldeia de Pincães" (2009).
Desta transcrição fiz graficamente as ligações genealógicas ali descritas.
Clicar aqui: pinc.doc
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
A transcrição é de Luís Araújo,funcionário do Arquivo Distrital de Braga. Excelente como pessoa e técnico.
ResponderEliminarAproveito para esclarecer que o título do livro é "Aldeia de Pincães".
Obrigado pela referência ao livro.
Cumprimentos
Fernando Guimarães
Caro Fernando Magalhães. Em primeiro lugar tenho de lhe agradecer o (seu) livro que teve o cuidado de fazer chegar a mim. Como pode verificar, já fiz a correcção do nome do livro.
ResponderEliminarAproveito para dizer que já encontrei alguns pequenos erros neste meu trabalho, ainda não verifiquei se são culpa minha ou se do manuscrito. Estou a preparar uma nova edição corrigida, e aumentada, apoiada pelas Inquirições de Génere que felizmente abundam.
Meus amigos,
ResponderEliminarAgora falta o Sr. Martins Pereira Vieira Rebelo publicar o trabalho dele.
Um amigo
Ele que fale comigo. Publica aqui, com o nome dele.
ResponderEliminarDeixar trabalhos na gaveta é que é um desperdício.
José Menezes
Encontrei uma parte do livro do P. Martins pereira que me deu certas informações interessantes sobre a freguesia de Cabril. Entre as quais os padres de Azurara em Vila do Conde teriam saido da casa dos Martins da Cancela em Fafião. O convento de Arnoso foi dirigido por varios padres saidos da casa dos Martins da Figueira de Fafião. Um deles teria preferido ingressar nos jesuitas, foi como missionario para o Japão onde foi martirisado. A toponimia de Cabril e dos seus limites é comum a toda a Europa e apresenta varias particularidades. O radical "CAN" de Caniçada, Can-bedo, Pin-caens ou Candal é comum a toda a europe e à Asia, assim como "Cela", Ferral, Fermigeiro, Ermida ou Zebral. A região està cercada de localidades com estes nomes, que exprimem a oclusão, "ferrar", "hermérico", protecção, "cancelar" ou "selar". As saidas de Cabril estão voltadas para norte, tornando as ligações ao litoral dificeis, antes da construção da barragem de Salamonde. Encontrames os mesmos toponimos na Europa em regiões que outrora serviram de refugios, Ferrières, Kantal, Sellières. Estou tabém a fazer uma pesquiza linguistica, abrangendo varios aspetos da proto-historia, onde sobresai a importancia de Cabril desde os tempos mais antigos. A freguesia chamava-se Centocela, até ao século VII. O Penedo Furado, situado a leste da Roca do Touro, era conhecido na antiguidade, segundo Henrique Flores na "España sagrada". Se alguém me pudesse dizer como encontar uma versão completa do "Manuscrito de Pincães agradecia.
ResponderEliminar(martinsvalentin@neuf.fr)
Valentim
O original e a sua tradução paleográfica encontram-se na Casa dos Cazais em Pincães.
EliminarNeste momento é proprietária a minha prima Alice Alves Pereira que vive lá mesmo.
A tradução é do Luis Araújo que trabalha no Arquivo Distrital de Braga. De certeza que existe lá uma cópia desta tradução.
[desculpe-me ter respondido 8 anos mais tarde mas nem reparei que haviam comentários]
José Menezes
“PARA QUE A MEMÓRIA NÃO SE APAGUE,” é o titulo do novo livro da minha autoria.
ResponderEliminarConcebido na base da pesquisa de registos existentes em diversos arquivos e recolha de depoimentos, na primeira pessoa, de momentos vividos, principalmente nas serras do Gerês e do Xurés, pelas Gentes da freguesia de Cabril.
Esta obra assenta em factos reais, ocorridos nos séculos XIX e XX, e tem como pano de fundo as serras do Gerês e a do Xurés, as aldeias da freguesia de São Lourenço de Cabril e as localidades de Torneiros, de Padrandô, de Rio Caldo e de Vilameá, na vizinha Galiza.
Neste livro as Gentes da freguesia de São Lourenço de Cabril, Guarda Fiscal, Guarda Nacional Republicana, Polícia Internacional de Defesa do Estado, Carabineros e Guardia Civil são os protagonistas.
- As Gentes da freguesia de São Lourenço de Cabril, no exercício da agricultura, do contrabando, da pastorícia, do carvão e do volfrâmio.
- As autoridades de vigilância da fronteira, portuguesas e espanholas, na fiscalização e no controlo aduaneiro.
Na obra, desde a capa até à contra capa, cada página é um trecho de vida e um recordar permanente do passado. A história das Gentes da freguesia de São Lourenço de Cabril, pela sua riqueza e dimensão, assim o exige.
O livro é editado pela Editora Cidade Berço, 300 exemplares e vai estar disponível a partir do fim de dezembro.
Com saudações culturais e votos de boas festas.
Fernando Guimarães